O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicou um relatório de um estudo acerca de um surto de Covid-19 entre indivíduos encarcerados numa prisão federal do Texas.
De acordo com a equipa por trás da pesquisa, as taxas de transmissão entre as pessoas na prisão eram significativamente elevadas, e tal deveu-se sobretudo à propagação da variante Delta do coronavírus, reporta um artigo publicado no site especializado Medical Daily.
A população encarcerada terá experienciado "taxas desproporcionalmente mais altas" de infecções, embora 185 dos 233 ou 79% dos detidos tivessem sido totalmente vacinados contra o novo coronavírus. Sendo que aproximadamente 74% ou 172 detidos contraíram o vírus, conforme indicado no estudo. Dos 42 não vacinados, 39 foram atingidos pela variante delta. Por outro lado, 129 dos 185 indivíduos totalmente vacinados foram infetados.
O CDC observou que, apesar de mais presos vacinados terem sido afetados pelo surto em comparação com os não vacinados, a "duração dos resultados dos testes seriais positivos foi semelhante para ambos os grupos." A agência pública de saúde também apontou que entre as quatro pessoas que foram hospitalizadas, três não foram vacinadas e a que veio a falecer no decorrer do estudo também não havia sido inoculada.
Segundo a agência de saúde pública, os dados apurados sugerem o potencial de surgimento de surtos causados pela variantes Delta em ambientes comuns, incluindo em instalações correcionais, mesmo que a maioria das pessoas nesses locais tenha sido vacinada contra o SARS-CoV-2.
Adicionalmente, os dados apurados reforçam o apelo do CDC para o uso contínuo de máscaras de proteção e a prática de distanciamento social em ambientes públicos fechados.
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