O comprimido experimental da Pfizer contra o novo coronavírus reduz em quase 90% o risco de hospitalização e de morte em pessoas de alto risco infetadas com o SARS-CoV-2, segundo os resultados preliminares de um estudo feito pela própria farmacêutica norte-americana.
O fármaco (Paxlovid), desenvolvido para impedir que o vírus se propague, está a ser testado pela Pfizer. De acordo com a farmacêutica, não foi relatada nenhuma morte entre os 775 voluntários. Os participantes nos ensaios clínicos tomaram o medicamento juntamente com outro antiviral - ritonavir.
De acordo com a Pfizer, foram hospitalizados menos de 1% dos participantes. "É raro ver medicamentos com quase 90% de eficácia e 100% de proteção contra a morte", afirma o cientista daquela farmacêutica Mikael Dolsten, em entrevista à agência noticiosa norte-americana AP.
Dados do estudo mostram que 19% dos participantes que receberam o tratamento sofreram efeitos adversos. Contudo, a farmacêutica recusa-se a adiantar mais pormenores.
Para já, a Pfizer pretende enviar os resultados obtidos "assim que possível" para a agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos (Food and Drug Administration).
Recorde-se que, o comprimido da concorrente Merck já está a ser analisado pela Food and Drug Administration. Esta quinta-feira, a agência reguladora do medicamento do Reino Unido deu luz verde ao antiviral (molnupiravir) que deve ser tomado durante cinco dias.
[Notícia atualizada às 12h10]
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