Dormir 8 horas por noite pode aumentar risco de demência, alerta estudo

Repousar durante oito horas pode estar a fazer-lhe mais mal do que bem - entenda.

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Notícias ao Minuto
09/11/2021 07:34 ‧ 09/11/2021 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Alzheimer

Tal pode aumentar o risco de desenvolvimento de demência, uma doença degenerativa do cérebro com 10 milhões de novos casos diagnosticados anualmente em todo o mundo, reporta um artigo publicado no jornal The Sun. 

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, observaram 100 adultos com cerca de 70 anos. Os indivíduos foram monitorizados entre quatro e cinco anos, período o qual em que 12 pessoas apresentaram sinais de declínio cognitivo, incluindo um caso de demência leve.

A doença de Alzheimer é a principal causa de declínio cognitivo em idosos e é a principal forma de demência.

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Ao longo do estudo, os participantes foram sujeitos a múltiplos testes com o intuito de identificar sinais de comprometimento cognitivo.

Os investigadores formularam igualmente uma ideia precisa dos seus padrões de sono habituais, acompanhando quatro a seis noites de sono dos voluntários três anos após o começo do estudo com o auxílio de uma máquina de EEG.

Consequentemente, os especialistas descobriram que, assim como muito pouco sono, demasiado sono era um fator de risco para um cérebro envelhecido.

Dormir menos de 4,5 horas ou mais de 6,5 horas por noite foi mais comummente observado naqueles que apresentaram declínio cognitivo ao longo do tempo.

O efeito foi semelhante à idade - aquela que é a grande força motriz da demência.

"Sabemos de pesquisas anteriores que a falta de sono está ligada ao declínio cognitivo", comentou Greg Elder, professor sénior de psicologia e diretor associado da Northumbria Sleep Research, Northumbria University, à publicação especializada Conversation.

"Mas é menos claro por que razão o sono prolongado está associado ao declínio cognitivo", acrescentou.

"Pode ser que não seja necessariamente a duração do sono que importa, mas a qualidade desse sono quando se trata do risco de desenvolver demência". 

A qualidade do sono refere-se por quanto tempo a pessoa dorme um sono profundo e restaurador, o que é vital por uma série de razões.

O estudo mostrou que ter menos sono de onda lenta ou delta - o tipo de sono durante o qual sonha e é registado o movimento rápido dos olhos (REM) - é mais prejudicial para a saúde do cérebro.

O coautor sénior David Holtzman, MD, professor de neurologia, disse que o estudo sugere que "a qualidade do sono pode ser fundamental, ao contrário do sono total".

Já o primeiro autor do estudo Prof Brendan Lucey referiu: "a nossa pesquisa sugere que há uma faixa média, ou 'ponto ideal', para o tempo total de sono onde o desempenho cognitivo foi estável ao longo do tempo". 

Para o especialista, as pessoas que acordam a sentirem-se descansadas depois de pouco ou muitas horas de sono não devem sentir-se compelidas a mudarem os seus hábitos.

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