Os casos de reinfeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 são raros e os internamentos mais ainda, mas possíveis, aponta um estudo publicado no New England Journal of Medicine.
Quando as pessoas são reinfectadas com Covid-19, as probabilidades de acabarem no hospital ou de morrerem são 90% inferiores a uma infeção inicial, de acordo com a investigação, realizada no Qatar.
Basta olhar para alguns números revelados pelos cientistas do Weill Cornell Medicine-Qatar, que compararam os registos de pessoas infetadas entre fevereiro de 2020 e abril de 2021, para perceber o impacto que o facto de já ter sido infetado pode ter. Os autores do estudo descobriram 1304 de casos de reinfeção, o que demonstra que a exposição ao novo coronavírus pode não se traduzir em imunidade total garantida à doença Covid-19. De fora destas contas, ficaram 87 547 pessoas que receberam a vacina.
Apesar das suas limitações, o estudo mostra que o tempo médio entre a primeira e a segunda infeção foi de cerca de nove meses. Entre os casos de reinfeção, existiam apenas quatro casos graves que necessitaram de ser hospitalizadas. Entre os casos iniciais, 28 foram considerados críticos. Por outro lado, não foram registados óbitos entre o grupo reinfectado, enquanto que houve sete mortes nas infeções iniciais.
Contudo, Kami Kim, especialista em doenças infeciosas, defende que as pessoas precisam de ter cuidado para não ficarem com a impressão errada de que não necessitam de ser vacinadas, sobretudo porque uma infeção pode acarretar efeitos a longo prazo, uma vez que a intensidade de uma reinfeção variam de caso para caso.
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