Psicóloga dá estratégias para cumprir objetivos e promessas de Ano Novo

"É difícil cumprir as promessas que fazemos na passagem de ano, mas não é impossível. É preciso ser objetivo e específico, estabelecendo metas realistas - e não se pode esperar resultados imediatos. Fique com alguns conselhos práticos e não hesite em pedir ajuda especializada, se precisar", explica Ana Reis, psicóloga Clínica no Hospital CUF Porto, no artigo de opinião que se segue.

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Notícias ao Minuto
11/01/2022 11:11 ‧ 11/01/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Resoluções de ano novo

Tendemos a definir a cada ano resoluções a cumprir no que se segue, mas nem sempre são propostas realistas ou adequadas. As rotinas do dia-a-dia oferecem-nos uma sensação de segurança importante que nos faz acreditar que controlamos algo, mas também é apelativo tentarmos, por vezes, conseguir sair da 'zona de conforto'.

Dados estatísticos sugerem que cerca de 80% das resoluções de Ano Novo não perduram para além do mês de fevereiro e, nos casos mais favoráveis, apenas 8% consegue manter o foco nos objetivos até ao final do ano, segundo um estudo internacional.

Habitualmente, os projetos para o novo ano prendem-se com a prática de exercício físico, com as mudanças na alimentação ou com uma melhor higiene do sono. Mas o foco nas resoluções de Ano Novo acaba por se perder no meio das exigências e tarefas diárias e com o tempo deixamos mesmo de acreditar na capacidade para o compromisso com os nossos sonhos porque já falhamos antes e nada faz pensar que 'agora é que vai ser, agora vou conseguir'. 

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Então porque nos desvinculamos dos projetos que queremos concretizar depois de pensar numa lista incessante e detalhada sobre o que vamos fazer e como? Na prática nada acontece e deixamos cair por terra aquilo que havíamos idealizado. Numa tentativa de explicar este fenómeno, David DeSteno, professor de Psicologia da Universidade de Northeastern, no Reino Unido,  explica que as resoluções de Ano Novo são demasiado exigentes e implicam grande sacrifício no momento imediato - e dá como exemplo a poupança financeira. 

A má notícia é que o nosso cérebro valoriza os prazeres imediatos e por isso é tão difícil manter no tempo determinada mudança,  porque precisamos de ver resultados imediatos coincidentes com a mesma. Talvez o foco deva ser o caminho a percorrer e não o resultado em si, mas para isto é preciso muita força de vontade, resiliência para lidar com as dificuldades e cultivar emoções positivas. Como refere David DeSteno, são as emoções como a gratidão, a compaixão e o orgulho que ajudam as pessoas a resistir às tentações do prazer ou da gratificação imediatos.

Partilho por isso algumas dicas que podem ajudar a cumprir as suas resoluções.  

Em primeiro lugar, seja objetivo e específico com as mudanças que quer implementar pois disto depende o foco, mudanças ou objetivos abstratos como «desejo ser feliz» não nos permitem desenhar um percurso para lá chegar. Por outro lado, defina metas realistas que vão dando sinais ao cérebro de que está no caminho certo. Pense também que manter a motivação durante um ano para, por exemplo, perder peso, é tarefa árdua, definindo desde logo quantos quilos quer perder num tempo mais reduzido, por exemplo, num mês - e aproveite a sensação de bem-estar a cada vez que atinge a meta definida.

Não se esqueça de partilhar com a sua rede de apoio (família, amigos, etc.) as metas que se propôs alcançar no novo ano e o que está a conseguir concretizar. Quando envolvemos os outros nos nossos projetos aumentamos a probabilidade de sucesso. Se necessário reveja a cada semana o que não correu bem e ajuste, reavalie se foi demasiado exigente e quais as estratégias que estão a funcionar melhor. 

Peça ajuda sempre que necessário.

Leia Também: Quer emagrecer? 5 hábitos para equilibrar a alimentação após as festas

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