Uma pesquisa realizada por investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston (BUSM), em Massachusetts, nos Estados Unidos, revela as primeiras evidências científicas de como a placenta protege feto contra o SARS-CoV-2 após a mulher grávida ficar infetada, reporta um artigo publicado pelo jornal Metrópoles.
Os dados apurados pela equipa liderada pela médica do departamento de pediatria da instituição, do departamento de pediatria da instituição, Elizabeth Taglauer, foram divulgados no The American Journal of Pathology.
Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas analisaram os tecidos placentários de 24 mulheres que deram à luz entre julho de 2020 e abril de 2021. Sendo que oito das voluntárias haviam sofrido de Covid-19 no segundo trimestre da gravidez; outras oito durante o terceiro trimestre; e as restantes oito não foram infetadas de todo no decorrer da gestação, fazendo parte do grupo de controlo para uma melhor comparação dos dados.
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Entretanto, as mulheres que tiveram Covid-19 no final da gestação apresentavam níveis mais elevados da enzima ADAM17 - que por sua vez ajuda a proteína ACE2 a se fixar na superfície das células - no organismo comparativamente às que não contraíram a infeção.
Os cientistas reforçam a importância da descoberta, visto que a proteína ACE2 é conhecida por auxiliar a entrada do novo coronavírus no corpo humano.
Ora, a enzima ADAM17 parece tratar-se de um mecanismo natural ativado para proteger o bebé, retendo assim o SARS-CoV-2 na parte externa da placenta.
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