O consumo diário destas bebidas reduz o tamanho do cérebro, alerta estudo

Investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, apuraram que a ingestão leve a moderada de bebidas alcoólicas pode alterar a estrutura cerebral e provocar envelhecimento cognitivo precoce.

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Notícias ao Minuto
08/03/2022 07:48 ‧ 08/03/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Envelhecimento cognitivo

O novo estudo publicado na revista Nature e citado pelo jornal Metrópoles, aponta que pessoas de meia idade que bebem duas latas de cerveja de 500 ml, ou um copo de vinho por dia têm o cérebro até dois anos e seis meses mais envelhecido, comparativamente a quem não consome álcool.

Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas analisaram dados de 36.678 adultos com idades entre os 40 e 69 anos registados no UK Biobank, um banco de dados do Reino Unido.

Os investigadores compararam exames de ressonância magnética dos participantes com informações acerca dos seus hábitos de consumo de álcool.

Leia Também: Beber vinho reduz risco de Covid-19 (já beber cerveja e sidra… aumenta)

Adicionalmente, os voluntários divulgaram a quantidade de 'unidades de bebida' ingerida semanalmente para os bebedores frequentes; ou unidades por mês, no caso de bebedores menos frequentes. Sendo que as bebidas foram separadas por categorias, nomeadamente vinho tinto, vinho branco/champanhe e cerveja/sidra. 

Ao analisarem as imagens de ressonância magnética, explica o jornal Metrópoles, os investigadores compararam o volume de massa cinzenta e branca no cérebro dos indivíduos que bebiam álcool com aqueles que se abstinham da substância.

A massa cinzenta é a zona do cérebro onde as informações são processadas, e a massa branca mantêm as vias de comunicação.

Consequentemente, a ingestão de álcool foi associada à diminuição generalizada do volume do cérebro.

"Fica pior quanto mais bebe. Há evidências de que o efeito da bebida no cérebro é exponencial", partilhou Remi Daviet, um dos principais autores do estudo, num comunicado.

"Ter este conjunto de dados é como ter um microscópio ou um telescópio com uma lente mais poderosa. Obtém-se uma melhor resolução e começa-se a ver padrões e associações que não conseguíamos vislumbrar previamente", disse o neurocientista e coautor da pesquisa Gideon Nave.

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