A lesão do ombro, relacionada com a administração de vacinas, tem sido mais frequente devido ao aumento das campanhas de vacinação pela pandemia de Covid-19, segundo um artigo do portal da rede portuguesa de hospitais CUF, assinado pelos ortopedistas Ana Catarina Angelo, Carlos Maia Dias e Clara Azevedo.
A lesão do ombro relacionada com a administração de vacinas ficou conhecida, em 2010, por Shoulder Injury Related to Vaccine AdministrationSIRVA (SIRVA) pela National Vaccine Injury Compensation Program, nos Estados Unidos da América. Trata-se de uma patologia rara que provoca dor no ombro e limita a mobilidade, com início nas primeiras 48 horas após a administração da vacina, em indivíduos sem história prévia de dor ou disfunção desse ombro.
Esta condição pode dever-se a "defeitos de execução técnica durante a administração da vacina", "formação de complexos anticorpo-antigénio no espaço subacromial (zona abaixo do acrómio da omoplata), após a administração da vacina", e "descompensação de doença crónica degenerativa do ombro por disfunção temporária do músculo deltoide, onde é administrada a vacina". Contudo, "o risco de SIRVA não justifica que se evite a adesão às campanhas de vacinação", ressalvam os especialistas da CUF.
Para aliviar os sintomas, pode aplicar gelo no local ou tomar medicação anti-inflamatória, por exemplo. Se a dor persistir deve recorrer a um ortopedista.
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