Trata-se da primeira pesquisa que analisa o impacto do tratamento com o fármaco Evusheld da Astrazeneca em subvariantes da estirpe Ómicron do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, de acordo com informações divulgadas pela agência noticiosa Reuters.
Entretanto, a farmacêutica anglo-sueca já havia dito em dezembro que um outro estudo de laboratório tinha descoberto que o Evusheld apresentava um efeito altamente neutralizante contra a Ómicron.
Dados do último estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostraram que o tratamento reduziu a carga viral detetada em amostras de todas as subvariantes da Ómicron testadas em pulmões de camundongos, disse Astrazeneca. O estudo ainda não foi avaliado por pares.
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O Evusheld foi testado contra as subvariantes BA.1, BA.1.1 e BA.2 da Ómicron.
A pesquisa determinou ainda a capacidade do medicamento quando se trata de limitar o desenvolvimento de inflamação nos pulmões - um sintoma crítico em infeções graves por Covid-19.
"Os dados apurados apoiam ainda mais o Evusheld como uma opção potencial para ajudar a proteger os pacientes mais vulneráveis, nomeadamente os imunocomprometidos, que tendem a ter um prognóstico mais problemático em caso de infeção", disse John Perez, diretor do departamento de Desenvolvimento, Vacinas e Terapias Imunológicas da Astrazeneca.
Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde mencionou que números recentes denunciam um aumento global de casos de Covid-19. Sendo que tal pode representar uma fonte de preocupação significativa, com as variantes Ómicron e BA.2 a propagaram-se num momento em que na maioria dos países ocorre uma flexibilização das restrições e testes.
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