Os ensaios clínicos realizados por uma equipa de cientistas alemães para testar a eficácia de uma nova vacina (CoVac-1) contra a Covid-19 em doentes oncológicos revelaram uma eficácia de 93% na prevenção da doença.
Segundo um estudo da Associação Americana para a Investigação do Cancro, a vacina conferiu uma proteção robusta contra a Covid-19 e as principais variantes do vírus três meses depois da administração do imunizante em indivíduos com um sistema imunitário considerado normal. Duas semanas depois de tomarem a CoVac-1, 71% dos participantes demonstravam respostas imunes de células T. Após quatro semanas, a percentagem subiu para 93%.
Este imunizante visa alimentar as células T do sistema imunitário, responsáveis por eliminar outras que estejam infetadas pela Covid-19. "Até onde sabemos, a CoVac-1 é atualmente a única vacina candidata à base de peptídeo desenvolvida e avaliada especificamente para pacientes imunocomprometidos", explicou a principal autora do estudo, Juliane Walz, do Hospital Universitário de Tübingen, na Alemanha, em comunicado.
Os investigadores selecionaram seis antígenos específicos de diferentes partes do vírus para compor a vacina. A CoVac-1 é uma vacina peptídica. N prática, os cientistas injetaram diretamente pedaços de proteína ao invés de estes serem codificados via mRNA.
"A imunidade de células T induzida pela CoVac-1 é muito mais forte e abrangente, uma vez que é direcionada a diferentes componentes virais em comparação com as vacinas baseadas em mRNA, que se limitam à proteína spike e, por isso, são propensas à perda de atividade devido a mutações virais", resume Claudia Tandler, co-autora do estudo.
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