Covid-19. Falha no sistema imunitário aumenta inflamação nos pulmões
É o que revela um estudo norte-americano.
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Lifestyle Coronavírus
Um grupo de cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, aponta para uma espécie de falha no sistema imunitário que pode estar a aumentar a inflamação nos pulmões derivada da infeção por Covid-19, contribuindo para muitos casos de pneumonia e até mesmo a morte, indica um estudo publicado pela revista Nature.
Depois de analisarem diversos ratos de laboratório com um sistema imunitário humano, os investigadores descobriram que as próprias células do sistema imunitário podem abrigar vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19. Até então, só sabiam que, a partir do momento em que a doença chega ao pulmão, pode desencadear
O estudo já sabia que a partir do momento em que a doença chega no pulmão ela pode desencadear uma 'tempestade de citocinas' ou síndrome de libertação de citocinas, sendo que estas são substâncias produzidas pelas células do sistema imunitário, com o propósito de ativar, mediar ou regular a resposta imunológica total do nosso organismo. Este fenómeno pode desencadear uma inflamação de tal forma grave que pode mesmo levar à falência de vários órgãos e conduzir à morte.
Com a descoberta, os investigadores afirmam que quando o corpo detecta o vírus nas células do sistema imunitário, os inflamassomas, estes produzem e liberam citocinas que fazem com que esses componentes infectados a 'abortem' a infeção. Porém, as citocinas acabam por 'recrutar' mais células do sangue para os pulmões, aumentando a inflamação e criando um ciclo vicioso que desencadeia um quadro de pneumonia.
A boa notícia é que também foi descoberta uma forma de parar esta espécie de falha do sistema imunitário. Ao bloquear a via do inflamassoma NLPR3, as células continuam infectadas, mas não contribuem para o aumento dos níveis de inflamação. Ainda assim, isto faz com haja uma maior libertação de vírus, aumentando a necessidade de aprimorar o tratamento antiviral.
Atualmente não existem medicamentos aprovados que bloqueiem a via NLPR3, mas diversas empresas da indústria farmacêutica anunciaram que estão já à procura de métodos para desenvolver um fármaco.
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