Vírus Monkeypox pode transmitir-se pelo ar, alertam cientistas

Contudo, ao contrário do coronavírus, não consegue viajar por muitos metros.

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Notícias ao Minuto
09/06/2022 07:47 ‧ 09/06/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Monkeypox

É uma reviravolta. O Centro de Controlo de Doenças (CDC) norte-americano veio dizer que as partículas do vírus MonkeyPox viajam pelo ar. Esclarece, no entanto, que as infeções só ocorrem por contato próximo e não por transmissão aérea.

"A maioria das pessoas crê que a varíola humana é transmitida geralmente por grandes gotículas, mas ela pode, por algum motivo, ser transmitida por aerossóis de pequenas partículas”, afirmou o virologista Mark Challberg, em entrevista ao jornal The New York Times.

Como tal, o CDC recomenda o uso de máscara para quem estive infetado, contatos próximos e profissionais de saúde.

Um estudo de 2012 feito pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descreveu vários casos de transmissão pelo ar. Em surtos anteriores de varíola em Nova Iorque e na Alemanha, várias pessoas foram infectadas por estarem em hospitais com indivíduos infetados. 

Em 2017, um surto de Monkeypox na Nigéria apresentou características semelhantes: foram observados casos de transmissão dentro de uma prisão e infecções em dois profissionais de saúde que não tiveram contato com os doentes.

Em Portugal, foram já notificados mais de 190 casos, sendo a maioria em em Lisboa e Vale do Tejo, segundo a Direção-Geral da Saúde, que admitiu esta quarta-feira, 7 de junho, que venha a ser administrada uma vacina contra a varíola humana para "conter cadeias de transmissão" do vírus Monkeypox. 

No mesmo dia, o diretor geral da Organização Mundial de Saúde anunciou que já se confirmaram mais de mil casos de Monkeypox, em 29 países, não endémicos, e avisou que em algumas zonas já há transmissão comunitária.

Recorde-se que o Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido através de lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados. O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.

Na presença de sintomas, como lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, deve procurar aconselhamento médico.

Leia Também: Monkeypox. DGS admite vacina para conter cadeias de transmissão

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