Os mais novos também podem sofrer com Covid longa, conclui um estudo publicado recentemente na revista The Lancet Child & Adolescent Health, que alerta para o facto de a condição afetar crianças de todas as idades.
Os cientistas do Rigshospitalet, na Dinamarca, analisaram dados de 44 mil crianças até aos 14 anos, sendo que 11 mil foram infetados por coronavírus. Segundo os investigadores, um terço apresentou, pelo menos, um sintoma prolongado da doença. Crianças com menos de três anos são as mais vulneráveis: 40% apresentavam sinais da Covid longa dois meses após a infeção.
Os sintomas mais comuns variam conforme a idade. Em crianças até três anos, os mais frequentes são mudanças de humor, alergias e dor de estômago. Na faixa etária entre quatro e 11 anos, os problemas de memória e concentração são predominantes. Já os adolescentes entre 12 e 14 anos queixam-se de alterações de humor, distúrbios de memória e concentração, bem como fadiga.
Recorde-se que a chamada Covid longa acontece quando os sintomas da doença se prolongam no tempo. A fadiga, falta de ar, tosse, dores musculares ou perda de olfato e paladar prolongados são alguns dos sintomas mais comuns.
A pediatra Amy Edwards, que não participou no estudo, afirma, em declarações à CNN, que os resultados do estudo são importantes para provar que a Covid longa pode afetar crianças e que é essencial vaciná-las contra o coronavírus.
O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:
Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.
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