Diz-se que somos o que comemos e não é por acaso. O especialista Michael Mosley defende que a dieta mediterrânica, caracterizada por uma elevada ingestão de produtos vegetais, desde frutas e legumes a cereais pouco refinados e frutos oleagionosos, é "melhor para o cérebro". Se for a versão 'verde', melhor ainda. E há um ingrediente que, ao que parece, é melhor que todos os outros.
Um estudo feito recentemente em Israel comparou o impacto de uma dieta pobre em gorduras, uma dieta mediterrânica e uma dieta mediterrânica verde, que incluía três chávenas de chá verde e um batido verde feito de lentilha de Mankai (uma planta do sudeste asiático), repleta de proteínas e outros nutrientes.
"No final do estudo, 18 meses depois, as duas dietas mediterrânicas melhoraram o volume cerebral dos participantes, mas foram os que seguiram uma dieta mediterrânica verde que saíram a ganhar", escreveu o médico no Daily Mail. Os investigadores consideram que este resultado se deve ao facto de a dieta verde ser especialmente rica em polifenóis.
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Quanto ao ingrediente 'estrela', Michael Mosley refere-se à lentilha-de-água. Rico em polifenóis, um batido verde com este ingrediente serviu como substituto do jantar dos participantes do estudo.
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Esta descoberta pode, assim, ajudar a evitar casos de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Recorde-se que para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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