Está, neste momento, a ser testado um medicamento experimental, chamado 'lecanemab', cujo objetivo é ajudar pacientes diagnosticados com Alzheimer. É um trabalho da Eisai, farmacêutica japonesa, e recentemente foram divulgados resultados positivos.
O medicamento, que está na terceira fase de testes, conseguiu retardar, em 27%, o declínio cognitivo, após 18 meses, em pacientes nas fases inicias da Alzheimer. Os resultados foram anunciados pela farmacêutica, no entanto, ainda não foram submetidos a revisão de pares.
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Esta novidade pode ser uma nova esperança para pessoas diagnosticadas com esta doença, após o lançamento falhado do 'aduhelm', um medicamento desenvolvido pela Biogen, farmacêutica americana, diz o canal NBC News.
Agora, a Biogen fez uma parceria com a Eisai para a comercialização do novo medicamento, no entanto, foi a farmacêutica japonesa que liderou o seu desenvolvimento, assim como a terceira fase de testes.
Apesar desta novidade ser uma boa notícia, especialistas independentes pediram cautela na interpretação destes resultados, explica a NBC News.
Em declarações ao canal, Ronald Petersen, neurologista da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, afirma que esta novidade é "um primeiro passo na direção de causar um impacto significativo na doença".
Já Alberto Espay, neurologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati, também nos Estados Unidos, disse que o benefício foi "pequeno" e pode não ser significativo para as pessoas com esta doença. Ainda assim, "os pacientes podem ver isto com um otimismo cauteloso", acrescenta.
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Para conseguir estes resultados, participaram nos testes 1.795 pessoas, que aleatoriamente receberam o medicamento ou placebo, a cada duas semanas, ao longo de 18 meses.
"O declínio cognitivo foi medido usando uma escala de classificação clínica de demência que se concentrou em seis áreas: memória, orientação e resolução de problemas, assuntos da comunidade, lar e hobbies e cuidados pessoais", explica a NBC News.
Quando revelou estes resultados, a Eisai anunciou que vai apresentar tudo o que foi concluído, nesta fase de testes, numa conferência sobre Alzheimer, no final de novembro. A farmacêutica está ainda a planear enviar os dados do estudo à Food and Drug Administration, entidade reguladora americana, para aprovação até março.
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