Da Índia para Portugal e de cá para o mundo, a Hema e a respetiva loja online nasceram, em junho deste ano, pelas mãos de duas amigas com o ioga em comum, o 'bichinho' das viagens e totalmente embeiçadas pela cultura indiana. Com pouco mais de três meses, a marca prova que a seda pode e deve ser usada no dia a dia, sem quaisquer cerimónias, e alia bom gosto a valores éticos.
Eleonora Rigo e Maria Pulido Soeiro, de 30 e 31 anos, respetivamente, conheceram-se em Israel, numa das suas muitas viagens. Conversa puxa conversa e rapidamente se tornaram amigas. Por coincidência, reencontraram-se umas semanas depois na Índia, onde ambas iam participar numa formação de ioga.
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Seguiu-se a clausura imposta pela Covid-19. Foi então que, durante a quarentena, a italiana Eleonora conseguiu passagem para Portugal. Tinha recebido um convite da amiga para fazer parte de um projeto que esta tinha andado a magicar e a estadia de uma semana acabou por tornar-se permanente.
Com as cabeças a fervilharem de ideias e com muita vontade de se reinventarem, rumaram juntas à Índia para baterem a umas quantas portas e materializarem o desejo de ter um projeto em comum. Maria, a visionária da dupla, já tinha feito uma pequena coleção em 2019 na Índia. Mas no preciso momento em que despontou a pandemia, as peças desapareceram no armazém de uma transportadora.
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Chegar ao nome Hema, que significa dourado em sânscrito (a escrita mais antiga do mundo), foi fácil. Segundo a mitologia hindu, Hema é uma deusa que veste muitas cores, pelo que essa é uma das imagens de marca do projeto.
Mas há mais. "A sustentabilidade é uma preocupação para a marca e, por isso, apostamos no 'slow-fashion' como prática", dizem ao Lifestyle ao Minuto. Os objetivos são claros: "Queremos transportar um pouco da Índia até ao Ocidente" e, ao mesmo tempo, alertar para o "mundo devastador do 'fast fashion' e da exploração humana".
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As peças, de seda e algodão orgânico, são feitas à mão em pleno deserto do Rajastão, no norte da Índia, por pequenas famílias. "Sempre foi muito claro para nós que teríamos de ter cuidado redobrado em tudo o que fosse feito." Por isso, "estabelecemos contato direto com os artesãos, com o objetivo de fazermos trocas conscientes e justas", afirmam.
Os valores das peças começam nos 30 euros e podem chegar aos 175 euros. "Variam consoante o tempo e dedicação de cada artesão, assim como cada quantidade e qualidade do material de cada peça", explicam.
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Quanto ao futuro, adivinha-se também colorido. Maria e Eleonora estão novamente a caminho da Índia, onde será produzida uma nova coleção com lançamento previsto para fevereiro/março de 2023.
Os desejos passam, ainda, por ter um espaço físico e ganhar reconhecimento em Portugal, "não só pelas peças, como pelo conceito".
Percorra a galeria acima e conheça algumas das criações da Hema, disponíveis na loja online da marca.
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