Cigarro eletrónico vs. tabaco convencional. Qual é pior para o coração?

Estudo sugere que os cigarros eletrónicos talvez sejam mais prejudiciais para a saúde cardiovascular.

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Notícias ao Minuto
29/11/2022 17:04 ‧ 29/11/2022 por Notícias ao Minuto

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Cigarros eletrónicos são considerados, por muitos, uma alternativa, menos prejudicial, ao tabaco convencional. No entanto, vários especialistas já alertaram para os perigos desconhecidos associados ao seu uso. Aliás, um estudo recente sugere que alguns efeitos negativos dos seus ingredientes, para a saúde cardiovascular, são os mesmos, ou até piores, do que os convencionais.

Para o estudo, publicado na revista científicaNature Communications, os investigadores testaram as implicações cardíacas do aerossol, utilizado nos cigarros eletrónicos, em ratos. Concentraram-se, especialmente, em dois ingredientes (propilenoglicol e glicerina vegetal) e as suas variações com e sem nicotina. 

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Assim descobriram que, independentemente do tipo, "a frequência cardíaca dos ratos diminuiu durante a exposição ao cigarro eletrónico e ficou mais rápida depois", explica a StudyFinds, plataforma especializada na divulgação de estudos científicos, citando o estudo. Isto significa que o corpo dos animais reagiu à inalação com uma "resposta de luta ou fuga".

Além disso, o fumo do cigarro eletrónico, proveniente de um líquido com sabor a mentol ou de propilenoglicol, só por si, "causou arritmias ventriculares e outras anormalidades cardíacas".

Alex Carll, professor assistente do Departamento de Fisiologia da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, e líder do estudo, afirma que as descobertas sugerem que "o uso de cigarros eletrónicos, envolvendo certos sabores ou veículos solventes, pode interromper a condução elétrica do coração e provocar arritmias".

O investigador explica ainda que estes efeitos podem "aumentar o risco de fibrilação arterial ou ventricular e paragem cardíaca súbita". 

O estudo é importante porque fornece "novas provas de que o uso de cigarros eletrónicos pode interferir nos ritmos cardíacos normais - algo que não sabíamos antes", confirma Aruni Bhatnagar, professor da Divisão de Medicina Ambiental da Universidade de Los Angeles.

Os investigadores afirmam que é necessário continuar a estudar esta relação e fazer mais estudos em animais e, eventualmente, em humanos.

Leia Também: Uso de cigarros eletrónicos pode aumentar risco de cáries (e não só)

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