Foi desenvolvido, nos Estados Unidos, um teste capaz de detetar sinais de Alzheimer, através de uma amostra de sangue. Trata-se de uma novidade com muito impacto e que, no futuro, ajudará a fazer diagnósticos mais precoces.
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Estas conclusões foram publicadas, esta semana, na Brain, revista científica, onde os investigadores também salientam a necessidade de encontrar alternativas aos diagnósticos feitos atualmente.
É que, hoje em dia, os médicos seguem diretrizes que exigem a deteção de três componentes distintos da patologia, explica o The Independent, citando os investigadores. Diagnóstico que é feito através de exames demorados, invasivos e dispendiosos.
Por isso, os cientistas tentaram encontrar uma alternativa desenvolvendo uma ferramenta de diagnóstico que analisa biomarcadores em amostras de sangue, um método simples e pouco invasivo.
Apesar dos métodos atuais de diagnóstico de sangue conseguirem detetar, com precisão, anormalidades nas placas amiloides plasmáticas e algumas formas de tau, o maior obstáculo está, segundo os investigadores, na dificuldade de detetar marcadores específicos para o cérebro e não os que são influenciados por contaminantes produzidos noutras partes do corpo.
"Um exame de sangue é mais barato, seguro e fácil de administrar, e pode melhorar a confiança clínica no diagnóstico de Alzheimer e na seleção de participantes para ensaios clínicos e monitorização de doenças", explica Thomas Karikari, um dos autores do estudo, em comunicado.
No futuro, o objetivo dos cientistas é fazer estudos, em grande escala, testando a hipótese numa amostra de humanos ampla e inclusiva.
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