O restaurante dinamarquês Noma, símbolo da cozinha nórdica e eleito cinco vezes o melhor restaurante do mundo, anunciou hoje que fechará as suas portas no final de 2024 para se tornar um laboratório gastronómico.
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O estabelecimento, rebatizado Noma 3.0, centrar-se-á na "inovação alimentar" e no desenvolvimento de "novos sabores", sem excluir "ocasionais" aberturas em diferentes locais, incluindo Copenhaga, de acordo com uma declaração na sua página na internet.
"Servir comensais continuará a fazer parte de quem somos, mas ser um restaurante já não nos definirá. Em vez disso, vamos passar muito do nosso tempo a explorar novos projetos e a desenvolver muito mais ideias e produtos", disse o chef René Redzepi na declaração.
Redzepi avançou a notícia ao jornal norte-americano New York Times, citando o cansaço do ritmo agitado da vida e da pressão, e mais tarde explicou, em declarações ao diário dinamarquês Berlingske, que tinha tomado a decisão durante o início da pandemia de Covid-19.
"Em particular durante o primeiro confinamento, tive uma verdadeira calma para pensar e olhar para o futuro. O que eu vi foi que seria muito difícil continuar como fazemos atualmente em Noma por mais dez anos sem ser comprado por uma empresa com muito dinheiro que nos pudesse ajudar no que fazemos", afirmou ao Berlingske.
O chef decidiu então que, para aumentar o foco na criatividade e reduzir o foco na produção, seria melhor procurar outra lógica económica, o chamado 'Projetos Noma', um portal de venda de produtos gastronómicos fermentados concebido pela sua equipa, que se estreou no ano passado com um molho à base de cogumelos fermentados e depois fumados.
Redzepi revelou que o processo de transformação de Noma levará "dois a quatro anos".
"Sob que forma Noma reabrirá, ainda não sei. Mas duvido que seja como um restaurante normal, que está sempre aberto e onde se pode reservar uma mesa. Será mais esporádico e aparecerá tipo 'pop up'", disse o 'chef' dinamarquês.
Rezdepi admite abrir uma época por ano em Copenhaga ou noutro lugar, mas não quer comprometer-se com nada, e insinua que também poderá abrir apenas "uma vez de dois em dois anos".
O Noma, que também tem três estrelas Michelin (a classificação máxima do guia Michelin), já tinha fechado, após 13 anos, no final de 2016, para reaparecer em 2018 num novo local numa área próxima da capital dinamarquesa, com um jardim urbano e vários menus diferentes, dependendo da estação do ano.
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