Novo estudo, feito em Portugal, revela que a cafeína, os polifenóis (substâncias com função antioxidante), assim como outros produtos naturais, encontrados no café, podem contribuir para reduzir a gravidade da doença de fígado gordo, não alcoólico, em pessoas com excesso de peso e diabetes tipo 2, lê-se em comunicado.
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Segundo os investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, a conclusão deste estudo é uma forma de abrir caminho "para a utilização dos metabolitos do café (como a teofilina) como marcadores não invasivos da progressão da doença de fígado gordo não alcoólico".
Para fazer o estudo, publicado na revista científica Nutrients, foram analisados dados relativos a 156 participantes obesos de meia-idade, assim como amostras de urina, tudo recolhido pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.
"Os participantes que apresentaram maior consumo de café revelaram ter fígados mais saudáveis", diz Margarida Coelho, uma das primeiras autoras do estudo.
Além disso, os indivíduos que ingeriam quantidades elevadas de cafeína estavam menos em risco de ter fibrose hepática, "sugerindo que, para doentes com diabetes tipo 2 com excesso de peso, uma maior ingestão de café está associada a doença de fígado gordo não alcoólico menos grave".
O estudo contou também resulta de uma colaboração com investigadores da NOVA Medical School (NMS), em Lisboa, e contou com o apoio do Instituto de Informação Científica sobre o Café.
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