Segundo o Barómetro da Saúde Oral 2022, 67,7% da população nacional ainda ri de forma condicionada, devido à falta de um ou mais dentes, o equivalente a mais de seis milhões de pessoas.
Luís Corte-Real, médico dentista da Clínica Parque da Cidade, chama a atenção para o impacto que a saúde oral tem na autoestima e bem-estar do ser humano. "Rir e sorrir é o ato com maior expressão de alegria e felicidade e nenhum ser humano, no século XXI, deveria ser privado desta liberdade e de o fazer com uma boca e dentes saudáveis. Uma boca com dentes e gengivas saudáveis tem um impacto avassalador na auto-estima do ser humano", defende em comunicado, a propósito do Dia Internacional do Riso, que se assinala esta quarta-feira, 18 de janeiro.
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"Basta uma fração de segundos para termos uma avaliação positiva ou negativa sobre alguém - ou de alguém sobre nós - e a zona da face com maior importância são os olhos e, em especial, a boca e os dentes", diz, sublinhando que "uma boca bonita e saudável é preponderante e é essencial para que o sorriso seja agradável e descomplexado".
Acrescenta ainda que a saúde oral está diretamente relacionada com a qualidade de vida do ser humano. Para além da falta de dentes, "o que tem um maior impacto são, sem dúvida, os fatores que levam à perda desses dentes", considera. "A maior causa é a cárie dentária não tratada, que leva à inflamação pulpar (dor, geralmente, muito forte e violenta, com impacto na produtividade e no absentismo) e a infeções que podem ser perigosas ao ponto de, senão corretamente diagnosticada e tratada, colocar em risco a própria vida", afirma.
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Para garantir uma boa saúde oral e, consequentemente, um sorriso saudável, o médico aconselha a regra '2x2': lavar de forma correta a boca e dentes - desde os primeiros meses de vida - duas vezes por dia (no mínimo), durante dois minutos (no mínimo), finalizando com fio ou fita dentária e um elixir. As visitas regulares ao médico-dentista são um fator determinante na promoção da saúde e prevenção de doenças orais, de forma a evitar tratamentos mais invasivos e dispendiosos. Além disso, são fundamentais não só para cuidados regulares, bem como na prevenção de problemas de saúde mais graves.
No entanto, mesmo quando a saúde oral já se encontra debilitada, existem soluções. "Atualmente, temos soluções conservadoras, seguras, previsíveis e indolores. Se houverem perdas dentárias, temos os implantes e, em situações mais complexas de reabilitações para desdentados totais extremos, podem ser solucionados com recurso a implantes individualizados ao caso", garante.
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