É possível que dormir pouco, ou muito mal, durante a adolescência aumente o risco subsequente de esclerose múltipla, sugere um novo estudo, feito na Suécia, publicado na revista científica Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry.
Isto significa que o sono, nesta fase, tem uma grande importância e, se for de qualidade, até pode ajudar a evitar esta doença crónica, explicam os investigadores, em comunicado.
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O estudo baseou-se numa investigação que envolveu indivíduos com idades entre os 16 e os 70 anos. No entanto, os investigadores concentraram-se, especificamente, nos padrões de sono dos que tinham entre 15 e 19 anos, por isso, a análise final incluiu 2.075 pessoas com esclerose múltipla e 3.164 sem a doença, nessa faixa etária. A idade média em que a esclerose múltipla foi diagnosticada foi aos 34 anos.
Assim, não dormir o suficiente foi um comportamento associado a um risco maior, em 40%, de desenvolver esta doença crónica, numa fase mais tardia da vida. Número que tem em conta uma série de fatores. Já um sono prolongado, inclusive aos fins de semana ou dias livres, não foi associado a um risco maior de esclerose múltipla.
"O sono insuficiente e a baixa qualidade do sono durante a adolescência parecem aumentar o risco de desenvolver esclerose múltipla posteriormente. O sono restaurador suficiente, necessário para o funcionamento imunitário adequado, pode ser outro fator preventivo contra a doença", concluem os investigadores.
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