Um estudo da Tel Aviv University, em Israel, quis perceber de que forma as pessoas com autismo sentem a dor. Concluiu que a vivenciam com maior intensidade do que a população em geral, mas também que se adaptam menos à sensação.
Estes resultados são contrários à crença que pessoas com autismo são 'indiferentes' à dor. "Essa suposição não é necessariamente verdadeira. Sabemos que a automutilação pode resultar de tentativas de suprimir a dor, e pode ser que se magoem para ativar, inconscientemente, um mecanismo físico de 'dor inibe a dor'", explica a médica Tami Bar-Shalita.
"Os resultados do estudo indicam que, na maioria dos casos, a sensibilidade à dor das pessoas com autismo é realmente maior do que a da maioria da população, enquanto, ao mesmo tempo, elas não conseguem suprimir efetivamente os estímulos dolorosos", continua.
A médica afirma que estes resultados devem contribuir para futuros avanços no tratamento personalizado de pessoas nesta condição.
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