A insónia pode ter consequências bem mais graves do que julga. Um grupo de investigadores descobriu que dormir cinco ou menos horas por noite aumenta em 69% o risco de ataque cardíaco, em comparação com quem dorme seis ou sete horas. As hipóteses duplicam em pessoas com diabetes e insónias.
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"O nosso estudo mostra que as pessoas com insónias têm mais hipóteses de sofrer um ataque cardíaco, independentemente da idade (...) Os ataques cardíacos ocorreram mais frequentemente em mulheres", afirma Yomna E. Dean, uma estudante de medicina da Universidade de Alexandria no Egito, citada pelo jornal The Sun. "Não damos tanta prioridade ao sono como deveríamos", acrescentou, sublinhando que as pessoas deveriam dormir sete a oito horas de sono de qualidade por noite.
Os investigadores analisaram 1226 estudos e dados de 1.184.256 adultos - 13% tinham insónias. Destes, 2406 sofreram ataques cardíacos. A maioria dos doentes (96%) observados no estudo não tinham antecedentes da doença.
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Dados do estudo revela que as pessoas com dificuldades em adormecer têm 13% mais hipóteses de sofrer um ataque cardíaco. Porém, dormir muito também pode ser prejudicial. O risco de problemas de saúde cardiovascular é igualmente expressivo em quem dorme nove ou mais horas.
Os cientistas constataram ainda que os indivíduos com insónias "também tinham pressão arterial elevada, colesterol ou diabetes".
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Segundo o Serviço Nacional de Saúde britânico, os adultos precisam de sete a nove horas de sono. Já as crianças necessitam de nove a 13, enquanto os bebés devem ter 12 a 17 horas de descanso.
Recorde-se que segundo Sandra Marques, diretora clínica da Lusíadas Almada, há um número mínimo de horas que as pessoas precisam para ter um sono reparador. Porém, não são necessariamente sete ou oito horas. "Dormir menos de cinco horas é pouco. Biologicamente é pouco. Mas há pessoas que ficam bem a dormir cinco ou seis horas por noite e há pessoas que precisam de dormir nove ou dez horas por noite", começa por explica.
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