Alzheimer. Novo tratamento promissor tem efeitos colaterais graves
O anticorpo monoclonal já foi aprovado pela autoridade norte-americana do medicamento.
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Lifestyle Doenças neurodegenerativas
O Lecanemab, o medicamento que promete travar a doença de Alzheimer e que teve parecer favorável da Food and Drug Administration, está a ser alvo de uma análise rigorosa por parte da Agência Europeia do Medicamento. Depois do inchaço cerebral e sangramento detetados nos primeiros testes realizados, um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, publicado recentemente na revista Neurology, revela que o fármaco pode "comprometer a saúde do cérebro a longo prazo, acelerando a atrofia cerebral".
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Depois de analisarem 31 ensaios clínicos de medicamentos antiamilóide beta, um marcador da doença que o fármaco promete combater, usados em pacientes com Alzheimer, os investigadores concluíram que a redução do volume cerebral "varia de acordo com a classe" do medicamento. Ainda assim, realçam o aceleramento da "atrofia do hipocampo e do cérebro total".
Segundo os autores do estudo, o fármaco pode mesmo encolher o cérebro, ou seja, não está descartada a hipótese de provocar uma redução acelerada e expressiva do volume cerebral: menos 28% em comparação a quem não tomou Lecanemab.
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Recorde-se que a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência (representa cerca de 60 a 70% de todos os casos), um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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