Tal como os humanos, também os cães - mais velhos - com demência sofrem com distúrbios do sono, sugere um novo estudo, disponibilizado na Frontiers in Veterinary Science, uma revista científica. Novidade que é capaz de ajudar a identificar esta doença neurodegenerativa mais cedo nos animais.
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Para chegarem a esta conclusão, os cientistas analisaram a atividade cerebral de 28 cães mais velhos de uma forma não invasiva, através de eletroencefalogramas, enquanto faziam uma sesta ao longo de duas horas.
Os animais tinham idades entre os 10 e os 16 anos. Também foram avaliadas as habilidades cognitivas de cada um com testes e um questionário que os donos responderam.
Ao longo dos anos, os cães podem desenvolver uma condição - síndrome da disfunção cognitiva canina - muito semelhante à doença de Alzheimer.
Assim concluíram que os cães com com pior função cognitiva passaram menos tempo a dormir no ciclo de sono sem movimento rápido dos olhos, mas também no de sono com movimento rápido dos olhos, durante o qual o "cérebro desempenha funções críticas que podem combater os sintomas da demência", explicam os investigadores, citados na revista Smithsonian Mag.
Os resultados não explicam a relação entre sono e demência. Ajudam, no entanto, veterinários e donos de animais de estimação a identificar o declínio cognitivo, mais cedo, o que é muito útil para o tratamento.
Apesar de não ter participado na investigação, no The Guardian, Nick Sutton - o oficial de informações de saúde do The Kennel Club, no Reino Unido - diz que assim que os donos começarem a reparar que existem mudanças nos padrões de sono dos seus animais devem contactar o veterinário.
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