Um estudo publicado na revista Nature Cardiovascular Research revela que um medicamento experimental contra o cancro pode evitar a inflamação no corpo e o desenvolvimento de doenças cardíacas.
A investigação foi conduzida pelo New York University Grossman School of Medicine, nos Estados Unidos. O saracatinib, assim se chama o medicamento, já tinha sido usado no tratamento do cancro do pulmão e da doença de Alzheimer.
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O estudo revela que pode retardar a evolução da aterosclerose, que é responsável por várias doenças arteriais. A inflamação pode bloquear os vasos sanguíneos e levar a ataques cardíacos, por exemplo.
O saracatinib conseguiu reduzir a inflamação em mais de 90% das amostras de sangue analisadas.
"As nossas conclusões dão uma nova visão sobre os mecanismos inflamatórios da aterosclerose e sugerem pela primeira vez que o saracatinib pode ser uma terapia eficaz nos casos em que a terapia padrão não ajuda", revela Letizia Amadori, uma das autoras do estudo.
Foram analisadas amostras de sangue de 34 pessoas. Em estudos anteriores, o saracatinib já tinha sido eficaz contra doenças cardíacas em animais.
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