Com uma cor caraterística e um sabor leve e doce, a amora apresenta-se, muitas vezes, associada ao verão. Do género Rubus L., pertence à família Rosaceae, que tem vindo a ser alvo de uma maior atenção nos últimos anos, não só por parte dos consumidores como da própria indústria alimentar. Esta atenção deve-se ao seu conteúdo em vitaminas e compostos bioativos com ação antioxidante, como as vitaminas C e E, flavonóides, ácidos fenólicos, taninos e antocianinas (componente responsável pela cor arroxeada), e por tratar-se também de uma fonte de vitamina A e fibra.
O seu conteúdo nestes componentes é influenciado por diversos fatores, entre eles geográficos, clima, genótipos, altura da colheita, processamento e armazenamento. A amora é um fruto versátil que pode ser utilizado para fazer doces, compotas, assim como bebidas fermentáveis, substitutos de aditivos alimentares, como corantes e estabilizadores, pode ser adicionado a bolos, bolachas, sumos e batidos. E há simplesmente quem opte por comer uma taça cheia delas.
Leia Também: Camarão. Verdades que vão mudar a forma como olha para este pitéu do mar
Durante o processamento de grandes quantidades de amoras são gerados diversos compostos bioativos que são recuperados de maneira a minimizar a quantidade de resíduos produzidos. Isto faz com que se torne num alimento com uma produção mais sustentável.
© Nutricionista Lilibeth Teixeira (4855N)
Mais recentemente, têm surgido estudos na tentativa de entendermos a capacidade e a composição antioxidante dos frutos vermelhos, incluindo as amoras. No entanto, a discordância entre métodos, as variações entre a composição nutricional das amoras de diferentes locais e a incapacidade de interpretar a evidência científica sem viés não nos consegue levar a uma correlação clara entre os componentes fornecidos pelas amoras e o seu impacto real na saúde humana.
Leia Também: Não se deixe enganar. É isto que uma dieta super restritiva faz ao corpo
Apesar de tudo, existem investigações que apontam para benefícios relacionados com uma alimentação rica em antioxidantes, equilibrada e variada, nomeadamente na prevenção de síndromes metabólicas, na manutenção do funcionamento normal do sistema digestivo e do sistema imunitário, prevenção de doenças cardiovasculares e de diversos tipos cancros.
No fundo, o 'segredo' é não haver segredo nenhum. Variar na alimentação e consumir alimentos como as amoras, na época certa e na quantidade certa (uma porção de 80 gramas fornece 34 calorias, 0,7 gramas de gordura, 3,6 gramas de hidratos de carbono, 3,4g HC dos quais açúcares, 3,7 gramas de fibra, 1.1 gramas de proteína, 131 microgramas de vitamina A, 3,5 miligramas de alfa-tocoferol e 13,2 miligramas de vitamina C).
Leia Também: É simples: Estes são os alimentos a evitar no buffet dos hotéis