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Cancro do pulmão. Que avanços? "Há razões para sermos otimistas"

Este artigo é assinado por Miguel Guerra, coordenador de cirurgia torácica no Hospital CUF Porto.

Cancro do pulmão. Que avanços? "Há razões para sermos otimistas"
Notícias ao Minuto

10:00 - 23/09/23 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Cancro

O cancro do pulmão é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das principais causas de morte oncológica. No entanto, há razões para sermos otimistas, pois avanços significativos têm sido feitos no diagnóstico e tratamento desta doença ao longo dos anos. É por isso essencial abordar a importância do diagnóstico precoce, o papel fundamental da colaboração de uma equipa multidisciplinar, a evolução das técnicas cirúrgicas e o apoio amplo e inclusivo ao doente durante todo o processo. 

O diagnóstico precoce do cancro do pulmão é fundamental para aumentar a probabilidade de tratamento bem-sucedido e, em muitos casos, a possibilidade de cura. Quando detetado em estadios (fases) iniciais, o cancro do pulmão é mais frequentemente tratável por meio de cirurgia, o que pode resultar na remoção completa do tumor. É por isso que a sensibilização e a educação sobre os fatores de risco e os sinais precoces são essenciais.

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Sinais de alerta, como tosse persistente, falta de ar e expetoração com sangue, não devem ser negligenciados. Para além disso, é fundamental que as pessoas estejam cientes dos principais fatores de risco (tabagismo, a exposição a substâncias químicas tóxicas e a história familiar da doença) e integrem um programa de prevenção e deteção precoce de cancro do pulmão, onde se inclui a realização de tomografia computadorizada de baixa dose. Este exame permite a identificação de nódulos pulmonares que podem representar cancro em fase muito inicial, sendo assim possível a redução da mortalidade, de acordo com os dados publicados por vários estudos científicos. 

O tratamento do cancro do pulmão não pode ser realizado por um único médico ou especialista. É aqui que entra a importância da colaboração multidisciplinar. Uma equipa de profissionais de saúde, incluindo pneumologistas, oncologistas, cirurgiões torácicos, radiologistas, patologistas e enfermeiros especializados, trabalha em conjunto para garantir o melhor tratamento possível e personalizado para o doente.

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Técnicas cirúrgicas cada vez menos invasivas 

A cirurgia desempenha um papel vital no tratamento do cancro do pulmão em estadios iniciais, oferecendo uma oportunidade real de cura. Ao longo dos anos, houve avanços significativos nas técnicas cirúrgicas, tornando-as cada vez menos invasivas. Isso significa menor dor, recuperação mais rápida e menos complicações pós-operatórias. A cirurgia minimamente invasiva, como a videotoracoscopia e a cirurgia robótica, permitiu aos cirurgiões realizar procedimentos complexos com incisões menores, preservando a função pulmonar e melhorando a qualidade de vida dos doentes após a cirurgia. 

Apoio ao doente: uma prioridade 

Desde o momento do diagnóstico até ao tratamento e ao acompanhamento posterior, o apoio ao doente é fundamental. O doente com cancro do pulmão não está sozinho nesta jornada. As equipas de cuidados de saúde dedicam-se a prestar o apoio necessário, tanto em termos médicos quanto emocionais, desempenhando um papel crucial na gestão dos sintomas e no fornecimento de informações sobre o tratamento, suporte emocional, nutrição e fisioterapia. 

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Humanizar o tratamento do cancro do pulmão é essencial para garantir que os doentes se sintam apoiados e compreendidos em todos os momentos. Isso envolve ouvir atentamente as suas necessidades, respeitar as suas escolhas e garantir que sejam tratados com dignidade e compaixão. Além disso, o acompanhamento futuro é crucial. Após o tratamento inicial, os doentes devem continuar a ser monitorizados regularmente para detetar qualquer recidiva ou efeitos laterais a longo prazo. 

Em conclusão, o cancro do pulmão é uma doença desafiadora, mas avanços significativos têm sido feitos no diagnóstico e tratamento. O diagnóstico precoce, a colaboração multidisciplinar, as técnicas cirúrgicas menos invasivas e o apoio ao doente são elementos essenciais para juntos podermos enfrentar esta doença e oferecer esperança a todos aqueles que são afetados por ela.

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