A pílula contracetiva revolucionou a vida dos casais há mais de meio século, bem como a saúde íntima feminina. No entanto, continuam a existir alguns mitos associados a este comprimido.
A pílula é um método contracetivo oral e hormonal que "evita em 99% as gravidezes indesejadas, desde que tomada de forma regular, sempre à mesma hora e após sete dias de toma consecutiva", refere a Medicare em comunicado. Para ter este efeito, "a generalidade das pílulas possui hormonas sintéticas que simulam as hormonas produzidas pelos ovários e que inibem as ovulações, impedindo que a mulher tenha período fértil".
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Entre os seus principais benefícios estão a "regularização dos ciclos menstruais; as hemorragias menos abundantes; a melhoria da tensão pré-menstrual e da dismenorreia; e a redução do risco de doença inflamatória pélvica, do cancro do ovário e do endométrio, dos quistos funcionais do ovário, da doença poliquística, da doença mamária benigna e da anemia". "No entanto, apesar das suas vantagens, importa ressalvar que a pílula também tem efeitos secundários e contraindicações e existem alguns cuidados que devem ter tidos em consideração na sua toma."
A Medicare alerta para alguns dos principais mitos associados à pílula. Ei-los:
1- A mesma pílula pode funcionar para várias mulheres
"Este é um aspeto que importa esclarecer uma vez que cada pílula deve ser adequada às necessidades e especificidades de cada mulher, para isso deve haver um acompanhamento médico feito por um especialista de medicina geral e familiar ou ginecologia que possa tomar essa decisão em conjunto com cada mulher."
2- A pílula é infalível
"Apesar de apresentar uma eficácia de aproximadamente 99% a mesma só se aplica caso a toma seja feita de forma adequada (consultar informações no folheto informativo). Os esquecimentos da toma da pílula, vómitos, diarreia, ou a toma de outras medicamentos em simultâneo podem influenciar o seu método de atuação e por sua vez a sua eficácia."
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3- Com a pílula as mulheres podem ter uma vida sexual segura
"A pílula apenas garante proteção relativamente a uma gravidez indesejada, é importante relembrar que este método contracetivo não previne a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis, razão pela qual também deve ser utilizado preservativo durante as relações sexuais com vários parceiros."
4- Todas as mulheres podem utilizar a pílula como método contracetivo
"Há situações em que a pílula está contraindicada ou não é especialmente recomendada, alguns exemplos disso são: gravidez; tumor hepático; doença hepática crónica; risco de AVC ou doença arterial cerebral ou coronária; mulheres com mais de 35 anos e fumadoras; mulheres que sofram de varizes, diabetes mellitus, hipertensão, entre outros."
5- A composição hormonal das pílulas é toda igual
"Existem diferentes tipos de pílulas que se distinguem, essencialmente, pela sua dosagem e pelas hormonas que a compõem. A opção por um tipo de pílula em detrimento de outra deve ter em conta uma recomendação médica que deve ter por bases aspetos como o histórico clínico e a faixa etária em que a mulher se insere. As principais opções passam por a pílula monofásica, bifásica, trifásica e sem estrogénios."
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