O consumo diário de morangos pode ajudar a melhorar o humor e a diminuir o risco de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. A descoberta, publicada na revista Nutrients, foi feita por um grupo de investigadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos.
Ao longo de 12 semanas, um grupo de 30 voluntários, com idades entre os 56 e os 65 anos, com excesso de peso receberam suplementos feitos com extrato de morangos. A concentração de nutrientes era semelhante à de uma xícara com fruta. Os investigadores avaliaram se esse ajuste na dieta melhoravam o desempenho cognitivo e a saúde metabólica dos participantes. Todos tinham défice cognitivo ligeiro (uma condição médica geralmente definida como a perda das capacidades cognitivas numa proporção maior do que é esperado para a idade da pessoa) e índice de massa corporal igual ou superior a 25, considerado excesso de peso.
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Duas semanas antes do arranque da investigação, os voluntários foram instruídos a evitar o consumo de qualquer tipo de frutas vermelhas. Nas 12 semanas do estudo, metade das pessoas recebeu 13 gramas do suplemento em pó e a outra metade um placebo para consumir todos os dias.
Os testes cognitivos feitos antes e depois do consumo do suplemento mediram as habilidades dos participantes em controlar e regular pensamentos, emoções e atitudes perante conflitos ou distrações. Também foram usados para avaliar a capacidade de memorização das palavras, a memória a longo prazo e o humor.
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Os resultados foram melhores para aqueles que receberam o suplemento. A memória destes participantes melhorou e os sintomas depressivos diminuíram. Por outro lado, quem recebeu placebo não se saiu tão bem nos testes.
Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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