Um estudo publicado na revista científica Biomedicine & Pharmacotherapy refere que a cloroquina foi responsável pela morte de, pelo menos, 17 mil pessoas durante a primeira vaga da pandemia de Covid-19.
Os investigadores analisaram os dados de 44 estudos feitos entre março e agosto de 2020 em Itália, França, Bélgica, Turquia, Espanha e Estados Unidos. Foram estimados o número de doentes internados com coronavírus, a taxa de prescrição de cloroquina como tratamento e o número de mortes por Covid-19.
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Países que usavam a cloroquina de forma off-label (envolve a utilização de um fármaco para uma determinada indicação que não foi objeto de avaliação). Os investigadores descobriram um aumento de 11% na mortalidade de doentes que foram tratados com cloroquina e chegaram ao número de 16.990 óbitos devido ao medicamento. Todavia, a quantidade de mortes no mundo inteiro é muito maior.
"Estes números provavelmente representam a 'ponta do iceberg', subestimando assim largamente o número de mortes relacionadas com a cloroquina em todo o mundo", escrevem os autores do estudo. Os peritos lembram ainda que, quando o primeiro estudo negou a eficácia deste medicamento contra a Covid-19, em junho de 2020, muitos países pararam de prescrever cloroquina. Porém, outros, como o Brasil e a Índia, continuaram a usar o fármaco.
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O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:
Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.
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