Fumar tem efeitos a longo prazo no sistema imunitário, diz estudo

Aliás, segundo uma investigação, os efeitos negativos persistem mesmo em ex-fumadores.

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Notícias ao Minuto
19/02/2024 16:34 ‧ 19/02/2024 por Notícias ao Minuto

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Existem (ainda) mais razões para largar os cigarros. Recentemente, um estudo do Instituto Pasteur, em Paris, França, sugeriu que os efeitos do tabaco no sistema imunitário são muito significativos e podem prolongar-se ao longo de anos. Ou seja, o tabagismo diminui ao longo de anos a capacidade do organismo para combater as infeções, aumentando o risco de doenças crónicas que envolvem inflamação, como artrite reumatoide e lúpus.

Para o estudo, os investigadores analisaram ao longo do tempo amostras de sangue de um grupo de mil pessoas saudáveis com idades compreendidas entre os 20 e os 69 anos. Foram divididos em dois grupos de acordo com o sexo de cada um.

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Porquê? Tinham como objetivo analisar o impacto de 136 variáveis, "incluindo o estilo de vida, questões socioeconómicas e hábitos alimentares", na resposta imunitária. Por isso, expuseram "as amostras de sangue a germes comuns, como a bactéria E. coli e o vírus da gripe, e mediram a resposta imunitária", explicam.

Graças a isto, concluíram que o tabagismo, o índice de massa corporal e uma infeção causada pelo vírus do herpes tiveram o maior impacto no sistema imunitário, mas também que "o tabagismo criava a maior alteração" e, na realidade, conseguiu ter (quase) o mesmo impacto na resposta imunitária como a idade ou o sexo.

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Segundo o estudo, este hábito parece ter "efeitos epigenéticos a longo prazo nas duas principais formas de proteção do sistema imunitário: a resposta inata e a resposta adaptativa". Explica ainda que "o efeito sobre a resposta inata desaparece rapidamente quando se deixa de fumar, mas o efeito sobre a resposta adaptativa persiste mesmo depois".

Quando os fumadores que participaram no estudo deixaram de fumar, "a sua resposta imunitária melhorou a um nível, mas não recuperou completamente durante anos", explica Darragh Duffy, um dos autores do estudo, citado na CNN internacional. Felizmente, algum tempo mais tarde começa a recuperar lentamente, acrescenta. 

Para além de tudo disto, o estudo concluiu que "quanto mais uma pessoa fumava, mais alterava a sua resposta imunitária". 

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