Moringa. Conheça a planta rica em propriedades anti-inflamatórias

Além de anti-inflamatória, a moringa tem uma enorme riqueza nutricional e um sabor agradável. No âmbito da rubrica 'Alimento do Mês', a nutricionista Lilibeth Teixeira explica por que razão devemos consumi-la.

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Ana Rita Rebelo
20/02/2024 08:40 ‧ 20/02/2024 por Ana Rita Rebelo

Lifestyle

Alimento do mês

A moringa oleífera é uma planta nativa do norte da Índia que pertence à família Moringaceae. É conhecida como a planta 'milagrosa' na medicina tradicional por ser uma planta utilizada em casos de desnutrição e por crescer em ambientes adversos de forma rápida e com uma elevada riqueza nutricional. O seu consumo pode ser feito através das diferentes partes da planta, desde as folhas, flores, sementes e raízes. 

O seu aparecimento na Europa tem vindo a ganhar mais atenção na forma de infusão das folhas secas ou como suplemento alimentar em pó, devido às suas caraterísticas anti-inflamatórias, anti-hipertensivas, diuréticas, antioxidantes, antidiabéticas, cardioprotetoras e hepatoprotetoras. No entanto, a evidência científica ainda é muito escassa para conseguirmos afirmar estes mesmos efeitos na saúde.

Notícias ao Minuto © Nutricionista Lilibeth Teixeira (4855N)

Por 100 gramas (g) das suas folhas secas fornece cerca de 29,4 g de proteínas, 5,2 g de lípidos, 41,2 g de hidratos de carbono e 12,5 g de fibra. A nível dos micronutrientes, é uma planta considerada boa fonte de vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3, vitamina C, vitamina E, cálcio, magnésio, fósforo, potássio e ferro. 

Apesar de fornecer diversos nutrientes que se encontram envolvidos em importantes processos metabólicos, as doses que são comumente consumidas são pequenas para os possíveis efeitos aclamados. Os estudos realizados, maioritariamente in vitro, parecem ser promissores. No entanto, os seus resultados não parecem ser tão potentes quando testados em humanos.

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A moringa oleifera tem vindo a ser estudada na área das doenças respiratórias com vista a avaliar os seus efeitos na função pulmonar. Um estudo realizado em 2008, em que se suplementou num total seis g de sementes de moringa em pessoas com asma apresentou melhorias na função pulmonar. No entanto, a intervenção realizada foi feita numa pequena amostra e sem a presença de um grupo controlo.

Vários são os estudos em animais que tentam provar o benefício da ingestão de moringa oleifera no controlo da glicemia. Um estudo recente, em humanos, demostrou uma pequena melhoria na hemoglobina glicada (parâmetro importante na avaliação de doentes com diabetes). Porém, não parece ser clinicamente relevante.

Apesar dos seus possíveis benefícios é necessário ter em atenção à sua toxicidade. Parece haver um risco associado de toxicidade em doses três a quatro vezes superiores da recomendada. Por outro lado, é necessário um cuidado especial em grávidas visto que o seu consumo não se encontra recomendado.

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