O arroz é um daqueles alimentos com lugar cativo à mesa dos portugueses. Ainda assim, há quem opte por abolir este grão do prato por acreditar que não é ideal numa dieta saudável. Contudo, a nutricionista Laura Ligos considera que não existem motivos para demonizar o arroz.
"O arroz pode ser um carboidrato acessível e conveniente. Deveríamos parar de demonizá-lo e, em vez disso, ajudar as pessoas a entenderem a melhor forma de consumi-lo”, disse a especialista em entrevista ao portal de saúde e bem-estar EatingWell.
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Já a nutricionista Roxana Ehsani, mestre em nutrição clínica e dietética pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, revelou que quem come arroz todos os dias têm mais energia. "Saudável e rico em nutrientes, o arroz é uma excelente fonte de carboidratos, um dos três macronutrientes que precisamos consumir diariamente", sustentou.
E há mais. O consumo diário de arroz também proporciona uma melhor digestão. Como tal, é recomendado a quem sofre com náuseas, vómitos e problemas de estômago. "O arroz puro é fácil tolerar e digerir. Também tem pouca gordura, sendo ideal para facilitar a digestão", explicou Ehsani.
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A nutricionista Lauren Harris-Pincus referiu que o arroz fornece "mais de 15 vitaminas e minerais essenciais, incluindo ácido fólico, vitaminas B, potássio, magnésio, selênio, fibra, ferro e zinco".
Porém, a nutricionista Laura Ligos avisa: "Se não é ativo ou não come proteínas e gorduras suficientes para acompanhar o arroz, isso pode afetar negativamente o índice glicémico". Comer arroz todos os dias também pode elevar o nível de arsénio, um composto químico naturalmente presente no solo e na água de algumas partes do mundo.
Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde já veio alertar para o facto de a exposição ao arsénio estar associada ao aumento do risco de cancro ao longo do tempo. Por isso, as nutricionistas recomendam lavar o arroz antes da cozedura e de consumi-lo.
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