Após a morte do Papa Francisco, na segunda-feira, aos 88 anos, muito se tem falado sobre os pormenores do funeral do sumo pontífice, com destaque para o facto de este ter exigido ter uma cerimónia mais simples do que o habitual.
Entre as suas exigências está o facto de ter exigido que o seu corpo não fosse embalsamado, tendo sido, ao invés, submetido a uma técnica de preservação da tanatopraxia para permitir a veneração pública sem recorrer a métodos mais invasivos. Apesar dos elogios feitos à sua postura humilde, saiba que não é a primeira vez que um Papa faz exigências semelhantes.
O Papa Pio XII, conta o 20 minutos, teve atitude semelhante, pedindo para que o seu corpo não fosse embalsamado. Porém, no seu caso, a escolha não correu muito bem.
Numa altura em que este tipo de processos não estava ainda bem aprofundado, o homem pediu para que o seu corpo fosse sujeito a um processo experimental que consistia em submergir o corpo numa mistura de ervas aromáticas e depois envolvido em papel celofane.
Em vez de preservar o corpo, o processo levado a cabo pelo médico Riccardo Galeazzi-Lisi, acelerou a decomposição do mesmo.
Assim, durante os rituais fúnebres, o seu corpo começou a inchar e a emanar um odor insuportável, e o Vaticano decidiu fechar o seu caixão antecipadamente para tentar evitar a proliferação do cheiro. Os gases produzidos pelo corpo, mesmo após a morte, terão continuado a desenvolver-se com o peito do Santo Padre a acabar por explodir, relata a publicação espanhola.
O corpo de Pio XII assumiu uma cor verde azulada e as extremidades ficaram negras. O seu rosto também ficou desfigurado. O Vaticano acabou por optar por prender o seu corpo e colocar-lhe uma máscara de cera, até que foi finalmente sepultado.
Já o médico foi despedido e expulso para sempre da Santa Sé.
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