O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerando que "pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro".
Em causa está uma declaração de Zelensky, citada pelo The Wall Street Journal, que defendia que a "Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia".
Para Trump, "esta declaração é muito prejudicial para as negociações de paz com a Rússia, na medida em que a Crimeia foi perdida há anos sob os auspícios do presidente Barack Hussein Obama, e nem sequer é um ponto de discussão".
"Ninguém está a pedir a Zelensky que reconheça a Crimeia como território russo, mas, se ele quer a Crimeia, porque não lutaram por ela há 11 anos, quando foi entregue à Rússia sem que fosse disparado um tiro?", questionou Trump na rede social Truth Social, acrescentando que "são declarações inflamatórias como as de Zelensky que tornam tão difícil resolver esta guerra".
"Ele não tem nada de que se gabar! A situação para a Ucrânia é terrível - ele pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro", atirou Trump.
O presidente norte-americano disse "querer salvar, em média, cinco mil soldados russos e ucranianos por semana, que estão a morrer sem qualquer motivo" e considerou que as palavras de Zelensky não farão mais do que "prolongar o 'campo de morte'".
"Estou ansioso por poder ajudar a Ucrânia e a Rússia a saírem desta completa e total confusão, que nunca teria começado se eu fosse presidente", defendeu.
Sublinhe-se reconhecimento da Crimeia como território russo surgiu como uma das opções que a Ucrânia terá provavelmente de aceitar em troca de um acordo de paz para pôr fim à guerra que começou em fevereiro de 2022.
O Presidente norte-americano tem insistido que, se ele tivesse chegado à Casa Branca em 2020, a guerra na Ucrânia nunca teria acontecido e que o mais rápido processo de paz para este conflito passará sempre pela mediação dos Estados Unidos.
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