Morreu, na terça-feira, 8 de julho, a ex-Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal, depois de estar em coma induzido, devido a uma operação relacionada com um cancro, e acabou por sofrer uma septicemia, condição mais conhecida como sépsis. Trata-se de um termo médico com que nem todos estão familiarizados, mas, segundo a CUF, refere-se a "uma resposta imunológica extrema a uma infeção, que pode levar à falência dos órgãos e até à morte".
Isto significa que "numa pessoa com sépsis, perante uma infeção grave, o sistema imunológico luta contra si próprio, podendo causar lesões fatais em tecidos e órgãos do organismo".
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Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, citados pela rede de saúde, cerca de "22% dos internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos devem-se a situações de sépsis". Infelizmente, "a mortalidade das formas mais graves da sépsis, como o choque séptico, é de cerca de 51%".
Quais os sintomas? Normalmente o diagnóstico desta condição acontece quando são identificados sinais e sintomas no decorrer de uma infeção grave como febre superior a 38ºC; transpiração intensa; aumento da frequência cardíaca; aumento da frequência respiratória; calafrios ou prostração.
Depois, a sépsis pode evoluir para uma forma mais grave da doença, em que os sintomas são: estado de confusão mental; náuseas e vómitos; diminuição/ausência de urina; pele pálida ou manchada; alterações no fígado; e tensão arterial mais baixa do que o normal.
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Quais são as causas? Infelizmente, qualquer tipo de infeção bacteriana, viral ou fúngica pode levar a uma sépsis, afirma a MayoClinic - uma organização sem fins lucrativos focada na prática clínica -, mas as que mais frequentemente causam septicemia incluem infeções dos pulmões, como pneumonia; dos rins, bexiga e outras partes do sistema urinário; do sistema digestivo; e da corrente sanguínea. Para além disso, acontece, em alguns casos, devido a infeções nos locais de cateteres, assim como em feridas ou queimaduras.
Quem está em risco? Geralmente, os indivíduos mais em risco são pessoas com mais de 65 anos; com menor resposta imunitária; e com doenças crónicas. Especialistas da MayoClinic também consideram um fator de risco uma admissão numa unidade de cuidados intensivos ou estadias hospitalares mais longas.
É ainda possível que o uso de dispositivos como cateteres ou tubos de respiração, assim como um tratamento com antibióticos nos últimos 90 dias e uma doença que exija tratamento com corticosteróides, aumentem o risco.
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