John Galliano prepara-se para colocar um ponto final na sua relação de 10 anos com a Margiela no segundo semestre deste ano. Fontes próximas do designer revelam que o 'enfant terrible' da indústria da moda decidiu não renovar o contrato com a 'maison' francesa, apesar dos repetidos apelos do proprietário da marca, Renzo Rosso.
Galliano é o primeiro designer britânico a assumir a direção criativa de uma casa de moda francesa. Considerado nome incontornável da indústria, protagonizou algumas polémicas. Em 2011, foi acusado de anti-semitismo após a queixa de um casal, que diz ter sido insultado pelo criador, alegadamente alcoolizado. Mais tarde, surgiu um vídeo onde diz mesmo 'amo Hitler'.
Este episódio viria a custar-lhe o emprego de 15 anos. A Dior optou por despedi-lo, distanciando-se assim das declarações de Galliano.
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Caído em desgraça e sem reconciliação à vista com a Dior, chegou à Margiela em 2014, marca que ajudou a catapultar para os holofotes. Agora, o futuro volta a ser incerto. Mas especula-se que possa estar prestes a encetar uma grande mudança na sua carreira, o que justificaria o facto de ter apagado todas as suas publicações na rede social Instagram há já alguns meses.
Karl Lagerfeld, Anna Wintour e John Galliano no desfile da Dior durante a Paris Fashion Week de 1990. © Foc Kan/WireImage via Getty Images
Os próximos capítulos da vida de John Galliano podem vir a escrever-se numa das casas de luxo da LVMH, grupo francês detentor de marcas de luxo como Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Celine e Fendi. Para já, ainda nada foi oficializado.
Recorde-se que algumas das suas criações mais emblemáticas são o guarda-roupa de Madonna no filme 'Evita', o vestido estilo lingerie que criou para a princesa Diana de Gales, em 1996, e o vestido jornal que Sarah Jessica Parker usou na série 'O Sexo e a Cidade'.
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