Infelizmente, a ansiedade tem um impacto significativo no dia a dia e, além disso, segundo um novo estudo, pode aumentar o risco de demência. Para além disto, os cientistas descobriram que o risco aumentava tanto para quem sofria de ansiedade crónica, como para os indivíduos com diagnósticos mais recentes.
Para a investigação, disponibilizada na Journal of the American Geriatrics Society, os cientistas australianos analisaram mais de duas mil pessoas com uma idade média de 76 anos. Todos foram seguidos ao longo de 10 anos.
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Concluíram assim que a "presença de ansiedade crónica e de ansiedade de início recente foram associadas a um risco 2,8 e 3,2 vezes superior de sofrer de demência", respetivamente, afirmam os investigadores, em comunicado.
Foi registado um risco ainda mais elevado em adultos que começaram a sofrer de ansiedade antes dos 70 anos. Já os indivíduos que "conseguiram 'resolver' a sua ansiedade não apresentavam um risco de demência mais elevado do que as pessoas que nunca sofreram de ansiedade".
Kay Khaing, um dos autores do estudo, afirma que "os resultados sugerem que a ansiedade pode ser um novo fator de risco a ter em conta na prevenção da demência" e, ao mesmo tempo, "indicam também que o tratamento da ansiedade pode reduzir este risco".
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