De acordo com um novo estudo, feito na Suécia, um simples teste ao sangue pode ser tão (ou mais) eficaz do que os exames tradicionais, usados até ao momento, a identificar a demência mais comum: Alzheimer. Investigadores concluíram ainda que o teste consegue ajudar no diagnóstico 90% das vezes.
Para o estudo, disponibilizado na JAMA, os investigadores compilaram dados de mais de mil e duzentas pessoas com sintomas cognitivos e, em média, com 74 anos. Registaram assim um declínio cognitivo subjetivo em 23% dos indivíduos; défice cognitivo ligeiro em 44%; e demência em 33% dos casos.
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Mais especificamente, os cientistas usaram um teste, chamado 'Precivity AD2serve'. Como funciona? Segundo os especialistas, o teste serve para medir "os níveis de p-tau217, um tipo de proteína que acumula e afeta o cérebro dos indivíduos com Alzheimer, assim como de beta amiloide, outra proteína considerada um biomarcador da doença".
Testaram o exame em dois grupos de pessoas e, graças a isso, comprovaram que tem a capacidade de detetar, com precisão, 90% dos casos, mesmo entre pessoas com um historial clínico complexo. Isto significa que funciona melhor do que os exames tradicionais que detetam entre 63% a 73% dos casos.
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