Já chegou à Europa a nova estirpe de Mpox (antes designada varíola-dos-macacos ou monkeypox), uma infecção viral que se espalha através de contacto próximo. Para já, sabe-se que leva ao aparecimento de erupções cutâneas em todo o corpo, enquanto as provocadas pela variante anterior estavam localizadas na boca, face ou nos genitais.
As lesões na pele começam por ser manchas planas. Numa fase posterior, assumem relevo, tornam-se vesículas com conteúdo líquido e pústulas. Por fim, formam-se úlceras e crostas.
O infectologista e patologista clínico Celso Granato, representante da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, explica ao jornal Metrópoles como distinguir estas feridas: "Na varicela, por exemplo, há lesões muito recentes a conviver com outras em crosta, quase cicatrizadas. Na Mpox, as lesões evoluem em conjunto, em semelhança clínica com a varíola".
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Ao mesmo jornal, a também infectologista Mirian Dal Ben, refere que "as lesões podem ser dolorosas". "Pelo que vimos no surto de Mpox em 2022, concentram-se na região onde houve o contato, na zona genital ou na oral, principalmente."
De salientar que, se as vesículas rebentarem, o líquido que sai das lesões aumenta as hipóteses de contaminação. Como tal, "não é recomendado que o doente rebente as bolhas. O melhor é evitar tocar as lesões e lavar as mãos várias vezes ao dia. Caso seja necessário alguma intervenção em alguma das feridas, ela deve ser realizada por um profissional de saúde. As crostas, na maioria dos casos, secam e caem espontaneamente", recomenda a infectologista Joana Darc Gonçalves da Silva, em declarações ao Metrópoles.
Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde declarou na semana passada que o novo surto de Mpox representa uma emergência internacional de saúde pública. É a segunda vez em dois anos. A primeira tinha sido a 23 de julho de 2022 e vigorou até maio do ano passado.
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