Um estudo publicado no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports sugere que a falta de flexibilidade está associada a uma menor expetativa de vida. A investigação, realizada na Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex), no Brasil, em parceria com instituições do Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia e Austrália, reuniu dados de 3.139 homens e mulheres com idades entre os 46 a 65 anos.
Os dados mostram que adultos que demonstraram ter uma maior facilidade apresentaram um risco 10% menor de morrer nos 12 anos seguintes. O estudo envolveu 3,1 mil pessoas, 66% dos quais homens. Ainda assim, as mulheres apresentaram um desempenho médio 35% superior. Também se verificaram menos mortes prematuras entre o sexo prematuro. Excluindo mortes por Covid-19 ou por causas violentas, 224 homens e 78 mulheres morreram durante a investigação.
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A investigação baseou-se no flexiteste, uma série de exercícios criada pelo médico Cláudio Gil Araújo, com o objetivo de apurar a capacidade motora. "Os dados de nosso conjunto de estudos sugerem que quem tem pouca flexibilidade tem maior risco de cair e de se magoar, de ter diabetes descontrolada e de não praticar atividade física, o que impacta na mortalidade", explica o especialista, em declarações ao jornal Metrópoles.
Homens e mulheres com notas baixas no flexiteste apresentaram, respetivamente, um risco 1,87 e 4,78 vezes superior de morrer nos 12 anos seguintes, em comparação com aqueles com uma pontuação mais alta. Se o homem alcançar 49 pontos no teste e a mulher superar os 56, o risco de morrer de causas naturais é menos de 1% nos próximos 10 anos.
"A flexibilidade é um dos únicos marcadores do desenvolvimento corporal que a gente perde progressivamente. Se pensamos a força, por exemplo, nosso ápice está ali entre 20 e 30 anos. A elasticidade, desde que saímos do útero, estamos perdendo. Isso não quer dizer, porém, que ela não pode ser recuperada", afirma Claudio Gil.
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