Um novo estudo, mencionado pelo jornal Daily Express, sugere que o paracetamol pode não ser tão seguro como se pensava até aqui, sobretudo se for usado frequentemente por idosos.
Os investigadores analisaram os registos médicos de mais de 180 mil pessoas, com mais de 65 anos, que receberam, pelo menos, duas prescrições do fármaco no espaço de seis meses. Depois, compararam o estado de saúde destes indivíduos com o de 402 mil pessoas que não utilizaram paracetamol.
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O uso prolongado de paracetamol foi associado a um risco 35% superior de hemorragia gastrointestinal baixa. Os cientistas revelam ainda que está associado a um risco maior de úlceras pépticas, uma lesão localizada no estômago ou no duodeno com destruição da mucosa da parede destes órgãos.
Os consumidores frequentes apresentavam também 19% mais hipóteses de virem a desenvolver doença renal crónica, bem como 9% e 7% mais probabilidades de insuficiência cardíaca e hipertensão arterial, respetivamente.
Citado pelo Daily Express, Weiya Zhang, do Centro de Investigação Biomédica NIHR da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, afirmou: "Devido à sua segurança, o paracetamol foi durante muito tempo recomendado como tratamento medicamentoso de primeira linha para a osteoartrite por muitas diretrizes de tratamento, especialmente em pessoas mais velhas que correm um risco mais elevado de complicações relacionadas com os medicamentos". "Embora seja necessária mais investigação para confirmar os nossos resultados, dado o seu efeito mínimo de alívio da dor, a utilização do paracetamol como analgésico de primeira linha para doenças de longa duração como a osteoartrite em pessoas idosas deve ser cuidadosamente considerada", defende ainda.
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