Uma combinação de medicamentos, que ajuda a reduzir os níveis de colesterol, pode estar também associada a uma redução da propagação do cancro da bexiga. A conclusão é de um estudo publicado este mês de de janeiro no Cancer Discovery.
Em causa está a combinação de estatina e um inibidor da enzima Pin1, conhecido como sulfopina, que pode inibir o crescimento do tumor na bexiga. Esta é uma enzima que está ligada a vários tipos de cancro.
"No cancro da bexiga, o nosso estudo mostra que a Pin1 é importante para a disseminação e no crescimento de células. É necessário para que as células tumorais migrem e invadam o tecido à volta para formar um tumor", revela ao Medical News Today Tony Hunter, um dos autores do estudo.
"Todas as células do corpo podem produzir colesterol para seu próprio benefício quando os níveis locais de colesterol estão baixos, e esse é o processo que o PIN1 desencadeia nas células do cancro da bexiga", continua.
Desta forma, as estatinas podem bloquear o colesterol no fígado, com o objetivo de reduzir o colesterol na circulação. "Em animais foi conseguido que a produção de colesterol fosse bloqueada pelas células cancerígenas, levando a níveis mais baixos e à redução do tumor."
Segundo o 'website' da rede de saúde CUF, "o cancro da bexiga tem origem normalmente nas células de revestimento da bexiga, isto é, no urotélio. Aproximadamente 75% dos doentes com cancro da bexiga apresentam-se no momento do diagnóstico com uma doença confinada à mucosa e submucosa".
Leia Também: Cancro da pele grave vê-se nas unhas (mas sintoma é pouco falado)