Nunca faz 'match'? Dicas para um perfil de sucesso nas apps de encontros

Passa muito tempo nas apps de encontros e nunca arranja 'matches'? Falámos com um psicólogo e sexólogo e ainda consultamos um livro cheio de conselhos úteis. Tudo para ajudá-lo a construir um perfil perfeito e apelativo.

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Margarida Ribeiro
14/02/2025 10:11 ‧ ontem por Margarida Ribeiro

Lifestyle

Relações

Geralmente, no Dia dos Namorados, celebrado a 14 de fevereiro em todo o mundo, as pessoas concentram-se nos casais e esquecem-se dos solteiros. Por isso, a pensar nos que andam à procura do amor nas aplicações de encontros, como o Tinder ou o Bumble, o Lifestyle ao Minuto falou com um especialista e analisou um livro cheio de conselhos. Tudo para ajudá-lo a construir o perfil ideal nas apps.

 

Está pronto para começar? Fernando Mesquita, um psicólogo e sexólogo, explica que "se o objetivo for conhecer alguém especial, o perfil deve ser autêntico e honesto, evitando informações que possam induzir em erro".

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Também aconselha que "procure transmitir os seus hobbies, interesses e valores, pois desta forma aumenta as hipóteses de encontrar alguém que se identifique consigo e partilhe das mesmas características".

Já o autor do livro ‘ABC das Relações - Como Descomplicar o Mundo de Dating’, Jeff Guenther, um terapeuta norte-americano, explica que deve tentar "apresentar-se no seu melhor e mais honestamente possível". 

Também deve escolher sempre "fotografias recentes, evitando o uso excessivo de filtros ou edição de imagens que distorçam a realidade", afirma o sexólogo. Podem ser boas opções "fotografias de hobbies, interesses, viagens ou no trabalho".  

Notícias ao Minuto © Fernando Mesquita

Jeff concorda no seu livro e aconselha que "inclua o máximo possível de fotografias que conseguir". Lembre-se que "as pessoas estão lá para o ver a si, por isso dê-lhes o que elas querem". 

Para a biografia, o texto de apresentação que a maioria das aplicações considera obrigatório, o psicólogo português recomenda que "destaque um pequeno texto com alguma informação interessante sobre si", mas, atenção, "não deve partilhar informações pessoais ou dados sensíveis que comprometam a sua segurança".

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O autor do livro acrescenta que deve ser "honesto e transparente acerca de quem é e do que está à procura". "Use linguagem clara e concisa para ilustrar o que procura num parceiro e como pretende integrá-lo na sua vida." Também pode aproveitar o texto para mostrar o seu sentido de humor. 

Pedir algum 'feedback' a "amigos de confiança" sobre o perfil também pode fazer a diferença. "Pessoas que o conhecem melhor são capazes de lhe dizer que ideia transmite o seu perfil." Pode ainda pedir a opinião ao seu terapeuta. 

Durante a sua busca deve ter cuidado e estar atento a alguns comportamentos que podem ser considerados 'red flags' (bandeiras vermelhas, em tradução livre), ou seja, coisas que podem alertá-lo de que algo está errado. 

Notícias ao Minuto  ‘ABC das Relações - Como Descomplicar o Mundo de Dating’© Marcador

"Existem vários comportamentos que podem ser considerados 'red flags' e que nos devem meter em alerta", avisa Fernando Mesquita. Por exemplo, "quando a outra pessoa evita partilhar informações básicas, períodos de ausência muito prolongados sem explicação, mudanças bruscas no tom da comunicação (inicialmente muito agradável, seguindo-se respostas agressivas ou carregadas de crítica) e a tendência para não respeitar os seus limites".  

"Não precisa de milhares de correspondências. Precisa das correspondências certas." É uma frase em destaque no livro de Guenther. Para as conseguir, o terapeuta aconselha que trabalhe o seu algoritmo, algo muito importante para encontrar o que está à procura. 

É importante interagir na aplicação. Quanto mais o fizer, "mais a aplicação lhe irá dar prioridade ao mostrar-lhe mais potenciais correspondências", explica o terapeuta. Também ajuda expandir os seus critérios de pesquisa como a idade e a altura.

Por falar em altura, Guenther aconselha que não fique obcecado "com a atração física nesta fase da navegação pela aplicação", concentre-se no que importa porque "a atração desenvolve-se ao longo do tempo". 

Para além de tudo isto, o terapeuta norte-americano apela que tente não julgar os perfis que encontra "com muita severidade". 

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Quando finalmente encontrar alguém que lhe agrade deve pensar na primeira mensagem com algum cuidado. Idealmente deve evitar "as abordagens genéricas ou demasiadamente intrusivas", aconselha Fernando Mesquita. Para o especialista, "uma boa estratégia pode ser comentar algo específico que tenha despertado a sua atenção no perfil da outra pessoa, como uma viagem mencionada ou um hobby, tendo sempre a preocupação do respeito e interesse genuíno".

Depois das conversas, trocas de números e perfis das redes sociais, chega a hora de combinar um encontro cara a cara. É importante que "a abordagem para um primeiro encontro surja apenas quando existe uma vontade genuína, respeitando os limites e nunca por qualquer tipo de cedência ou pressão".

Claro, o especialista também recomenda que o encontro "ocorra num local público que permita uma interação tranquila e descontraída, como um café ou um passeio ao ar livre". 

Infelizmente, e apesar de muitos casos de sucesso, quem usa as apps de encontros deve aprender a lidar com a rejeição. É importante lembrar que "cada pessoa tem as suas preferências e circunstâncias e, por isso, não deve encarar a rejeição como uma questão pessoal". Para além disso, o especialista aconselha que, caso aconteça uma rejeição, se tente focar "no que a outra pessoa perdeu, por não desejar conhecê-la melhor".

Jeff Guenther menciona ainda que as "aplicações de encontros podem ser viciantes" porque dão "a mesma dose de dopamina que recebe quando usa todas as outras redes sociais". Por isso, "se vier a aperceber-se de que estão a ter um efeito líquido negativo na sua vida, ponha o seu perfil em pausa ou desinstale as aplicações do seu telemóvel e regresse quando se sentir inspirado". 

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