A infeção nas vias respiratórias que levou ao internamento do Papa

O Papa Francisco, que teve parte de um dos pulmões removido quando era jovem, encontra-se internado com uma infeção aguda nas vias respiratórias.

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© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto
18/02/2025 09:58 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto

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Saúde

Internado há dias, no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma, com sintomas de bronquite, o Papa Francisco, de 88 anos, foi diagnosticado com uma infeção polimicrobiana nas vias respiratórias, que pode ser causada por dois ou mais microorganismos, como bactérias, vírus ou fungos. Febre, tosse seca, dor de garganta, congestão nasal, fadiga e falta de apetite são alguns dos sintomas iniciais.

 

"A infeção polimicrobiana pode ocorrer em diversas partes do corpo, incluindo nas vias respiratórias. Trata-se de uma co-infeção, ou seja, há a presença de múltiplos microorganismos causadores de infeção", explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, à BBC brasileira.

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O Papa apresentava sintomas de bronquite há já vários dias e chegou mesmo a não conseguir ler um discurso num dos seus compromissos. Conforme explica Ricardo de Amorim Corrêa, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o diagnóstico anterior de bronquite pode ter contribuído para piorar a imunidade do Papa. "Após o início da inflamação [bronquite], o ambiente nos brônquios torna-se propício à invasão de germes, especialmente quando o dano causado por um vírus favorece o crescimento de bactérias. A bronquite aguda, portanto, pode ser causada tanto por micróbios como por fatores não infeciosos, e a infeção bacteriana pode surgir como uma complicação", resume.

A gravidade "depende da extensão do comprometimento pulmonar". "Pode dificultar a respiração, pois a inflamação nos brônquios poderá reduzir o fluxo de ar para os pulmões", alerta Corrêa, sublinhando que, "se o doente já tem parte dos brônquios comprometida, o problema pode ser ainda mais grave". "Pode ter dificuldade em absorver oxigénio adequadamente, devido à inflamação, e, em alguns casos, pode ser necessário o uso de oxigénio suplementar. Se a condição piorar, pode ser preciso recorrer à ventilação mecânica."

Em declarações ao portal O Globo, Alexandre Naime Barbosa, chefe da Infectologia da Universidade Estadual Paulista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, acrescenta que "quando a infeção se espalha para o sangue, há risco de sepse, uma condição grave que pode comprometer o funcionamento de múltiplos órgãos".

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