O refluxo gastroesofágico, muitas vezes associados a um desconforto passageiro, pode, em alguns casos, ser um sinal de alerta para algo mais grave, incluindo cancro. "O que muitas pessoas não sabem é que, quando o refluxo não é tratado, pode evoluir para doenças mais graves, como cancro, esofagite [uma inflamação do esófago], entre outras", alerta a médica oncologista Renata D’Alpino, em declarações ao portal Saúde em Dia.
Conforme explica, o ácido gástrico em contato com o esófago contribui para o possível aparecimento de doenças, pois causa inflamação e favorece mutações. A médica refere também que condições como esofagite podem ter um papel no desenvolvimento de tumores.
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"O refluxo crónico pode ter como consequência o esófago de Barrett. Esta condição tende a causar alterações nas células, podendo aumentar em mais de 20 vezes o desenvolvimento de neoplasia", diz mesmo. Por outro lado, embora seja mais comum em pessoas que já passaram a fasquia dos 55 anos, o cancro do estômago pode surgir em faixas etárias mais jovens.
Para aliviar o refluxo, a oncologista sugere hábitos como "manter a cabeça um pouco mais elevada quando vai dormir, fazer refeições menores, evitar alimentos ácidos e esperar três horas entre as refeições e ir para a cama". No entanto, "cada caso deve ser analisado individualmente".
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