Antes de mais, o que são hidratos de carbono? São macronutrientes cuja principal função é fornecer energia ao organismo. São ainda a categoria nutricional para açúcares e os responsáveis pelas moléculas que o corpo ‘quebra’ para ter açúcar.
Como revela o vídeo acima, do YouTube TED-Ed, os hidratos de carbono possuem duas vertentes: os simples (de absorção rápida) que são compostos por cadeias muito pequenas que rapidamente são absorvidas e os complexos (de absorção lenta), que se compõe por cadeias mais longas e mais morosas para digerir – oferecendo energia durante mais tempo.
Para uma explicação mais científica, o vídeo descreve os tipos de componentes dos hidratos de carbono. Os monossacarídeos (com uma molécula) e os dissacarídeos (com duas moléculas) dizem respeito aos hidratos simples, enquanto os oligossacáridos (três a dez moléculas) e os polissacarídeos (mais de dez moléculas) compõem os hidratos de carbono complexos.
Mas, o que são as moléculas? São os açúcares simples como a glicose, frutose e galactose (no caso dos monossacarídeos) que, quando unidos entre si, dão origem aos dissacarídeos – lactose (galactose com glicose), maltose (duas moléculas de glicose) e sucrose (frutose com glicose). A junção de monossacarídeos em maiores quantidades dá origem aos componentes dos oligossacáridos e polissacarídeos (hidratos de carbono complexos).
Definições, à parte, há que entender que, embora os hidratos de carbono sejam fundamentais para o bom funcionamento do organismo, é importante ter atenção ao tipo de absorção e ao hidrato de carbono em si.
Os refrigerantes e o pão branco, por exemplo, possuem um índice glicémico elevado, ou seja, fazem crescer os níveis de açúcar no sangue, algo que condiciona a saúde, principalmente quando são ingeridos regularmente.
O contrário acontece quando se ingerem alimentos ricos em fibra, como as frutas, hortaliças, legumes e grãos integrais, explica o médico Richard J. Wood. Estes alimentos regulam e equilibram os níveis de açúcar no sangue, não colocando a pessoa à mercê do aparecimento de doenças como a Diabetes tipo 2.
E quanto ao consumo de hidratos, não é apenas necessário ter em conta a quantidade. A qualidade é muito importante e as opções menos saudáveis – como os refinados e processados – podem dar origem a uma condição chamada resistência à insulina, que pode ser a principal causa da Síndrome Metabólica, que inclui sintomas como: elevados níveis de açúcar no sangue, aumento de peso, acumulação de gordura e pressão arterial elevada. Conjugados, estes fatores podem levar a problemas cardiovasculares e, mais uma vez, à Diabetes tipo 2.
Concluindo, e tal como refere o vídeo, açúcar é açúcar e demasiados hidratos de carbono podem ser um problema. A escolha das versões naturais e integrais é a mais acertada e a que menos pesa na saúde, mas, claro, é preciso ter peso e medida.