A felicidade é um estado emocional que pode ser vivido de uma forma tão intensa que é capaz de magoar. Sim, a agressividade pode ser uma consequência direta do quão feliz uma pessoa está e os abraços apertados – aqueles que mais parecem uma tentativa de esmagar alguém – são a prova disso (assim como a tendência para apertar as bochechas às crianças).
Como mostra o site Curiosity, um estudo da Universidade de Yale revelou que esta reação – denominada como ‘expressões dimorfas’ - é um dos aspetos biológicos mais comuns e a maneira mais eficaz da pessoa conseguir equilibrar as próprias emoções.
Estas expressões dimorfas são duas expressões diferentes mas com uma mesma origem, que é a felicidade. Mais concretamente, as pessoas tendem reagir às emoções positivas intensas (a felicidade) com agressividade (não maldosa) ou com expressões associadas a sentimentos negativos (como o choro), de forma a conseguir equilibrar aquilo que estão a sentir. Lembra-se das lágrimas de Cristiano Ronaldo e dos abraços entre os jogadores da Seleção Nacional após o golo do Éder? É disso mesmo que falamos, formas intensas de reagir a sentimentos positivos intensos.
Para provar esta teoria, a equipa do Curiosity convidou um conjunto de pessoas para uma experiência, em que cada uma delas tinha, isoladamente, que ver imagens de animais enquanto estava com um papel de bolhas nas mãos.
E o resultado foi o esperado: quanto mais fofo era o animal, maior era a tendência para rebentar as bolhas, ou seja, maior era a tendência para uma reação física relacionada com a emoção positiva.